5 filmes que inspiram pelo que lutar
Gente apaixonada por uma causa e que busca o fim de uma apressão: quando a tela nos passa uma mensagem de garra e determinação nos contamina. Então vamos?
07.05.2020 | Por: Vera Egito
Pelo que a gente luta? Qual a nossa missão neste planeta? Pra quem anda se fazendo essas perguntas, nada melhor do que uma lista de filmes que mostram como há causas, bandeiras e espaço para atuarmos no mundo. Um pouco de inspiração pode nos levar além!
El Botón de Nácar (2015)

O Botão de Pérola, de Patrício Guzman, é um filme chileno inesquecível. O impacto de ter assistido a esse filme na primeira fileira do Cinesesc permanece em mim mesmo anos depois. A jornada é sobre a opressão e a resistência na história chilena, mas conversa com a história de todo o nosso continente latino-americano. Chorei muito, fiquei sem ar, e mudei tanta coisa em mim.
Milk (2008)

Já assisti a esse filme de Gus Van Sant muitas vezes. Uma ficção apaixonada sobre a história real de Harvey Milk, ativista da causa LGBT nos anos 70 em São Francisco. O casal vivido por Sean Pean e James Franco é um dos mais belos do cinema.
Hidden Figures (2016)

Estrelas Além do Tempo, de Theodore Melfi, também é uma ficção inspirada na trajetória real das mulheres negras que mudaram a história da NASA – e do mundo – e foram apagadas pela narrativa racista e machista oficial. O filme é emocionante e as personagens são maravilhosas.
Après Mai (2012)

Depois de Maio, de Olivier Assayas, é um retrato de memória e afeto do maio de 68 vivido pela juventude parisiense. Esse também vi muitas vezes. A primeira foi no cinema e ainda lembro de ficar sem ar com a primeira sequência do filme, tão simples e tão linda.
La bataille d’Alger (1966)

A Batalha de Argel, de Gillo Pontecorvo, é um filme de 66, mas foi restaurado e voltou aos cinemas no começo dos anos 2000, quando assisti. Conta a história da luta do povo argelino contra a opressão colonialista francesa no anos 50. O filme tem um elenco incrível, cenas de ação impressionantes e a força do ponto de vista do oprimido no momento em que este vira a mesa e entra numa luta sem volta pela liberdade. Liberté, égalité, fraternité devem ser para todos os povos, afinal.
Vera Egito é roteirista e diretora, atualmente no ar com a série de ficção Todxs Nós, da HBO, em que assina criação, roteiro e direção geral
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