Conheça os microfilmes finalistas da Mostra Imaginários Possíveis de 2021
O MIP é uma parceria da Hysteria com o Festival Cabíria que empodera o olhar feminino no audiovisual
06.10.2021 | Por: Equipe Hysteria
Desejos para o presente, propostas de futuro, acolhimento e ressignificação do passado são alguns dos temas que norteiam a segunda edição da MIP – Mostra Imaginários Possíveis, uma parceria entre a Hysteria e o Festival Cabíria, que mergulha e empodera o olhar feminino em movimento.
Neste ano, para instigar o convite que inspira pessoas que se identificam como mulher para criar as suas próprias narrativas, nós também criamos o nosso próprio microfilme, imaginado por Mariana Caldas, a partir dos movimentos das nossas colaboradoras brilhantes Natalia Albertoni, Kiki Thomé e Dayane Lima.
Mais uma vez sentimos como é importante e poderoso quando uma mulher usa a sua voz para imaginar novos mundos. E como era de se esperar, mais uma vez, foi um desafio chegar nos 10 finalistas. Depois de quase dois anos de pandemia, vivendo a vida nesse novo normal que nos atravessa, confunde, encontra, era de se esperar que a gente tivesse sim muito a contar.
A marca desta edição do MIP com certeza foi a diversidade, e a certeza de que todos os filmes podem ser femininos. Recebemos microfilmes de todos os gêneros do cinema, de quase todo o Brasil, que contavam intimidades, devaneios, universalidades.
E é com muito amor e felicidade por essa parceria tão potente que anunciamos os 10 microfilmes selecionados. Eles serão exibidos nas redes sociais da Hysteria e do Festival Cabíria entre os dia 6 e 17 de outubro. Vem conhecer todos os finalistas:
“62 segundos”, de @dricaczech. Ficção, São Paulo, SP.

Dizem que a fala de uma mulher é interrompida a cada 62 segundos. Este é todo o tempo que tenho para criar estratégias e continuar a parir palavras. E para fazer você me ouvir.
“Canto de Batuques”, de @nay___moura. Animação, Eunápolis, BA.

Em todos os lugares há canções que nos tocam a alma, envolve o ser, nos faz sentir o pulsar da vida. Mergulhando pelos caminhos percorridos e embalados pelo ritmo da pele do canto de sua casa. Cantos de Batuques faz o convite para reflexão: Qual a canção que te pulsa?
“Comunicação de eficiência”, de @nataiacruz. Ficção, São Paulo, SP.

Cada indivíduo se expressa de maneira singular, porque compreende o mundo e suas linguagens de formas diferentes. A comunicação faz parte da identidade de cada um. Você já parou para pensar se sua comunicação é acessível?
“É tudo culpa minha”, de @artemilanesa. Animação, Rio de Janeiro, RJ.

A rotina diária de assistir em HD o mundo entrando em colapso por todo tipo de mídia possível e a impotência de não poder fazer nada para impedir. O filme se inspira em questões abordadas por Freud em “Mal-estar na civilização”, analisadas sob o contexto pandêmico de 2021.
“Inspirado em sonhos reais”, de @natmalima. Ensaio, Recife, PE.

Quando a realidade se esgota de narrativas e sensações, tento escapar para as paisagens infinitas que me habitam. Uso meus sentidos para incorporar um pouco de materialidade ao espaço fugaz da imaginação.Finjo que sinto o que vejo. Finjo que vejo o que sinto. E assim vou forjando experiências impossíveis no espaço confinado do apartamento.
“Limítrofe”, de @lucisavassa. Experimental, São Paulo, SP.

Um questionário para diagnóstico de transtorno de personalidade. Uma viagem pelas minhas emoções. Um desejo de autoconhecimento e expansão. Um retorno ao meu corpo-casa.
“Linguadinha na XXT”, de @luizafazio_. Videoclipe, Cabreúva, SP.

Na quebrada de Cabreúva, interior de São Paulo, uma entregadora de frutas usa o seu caminhão para fazer entregas e brincar com o subtexto sexual dos alimentos. Videoclipe do funk de temática lésbica “Linguadinha na XXT”, pela artista MC Mano Feu. Criado e produzido exclusivamente por mulheres lésbicas e bissexuais e pessoas não-binárias.
“Mergulha”, de @pris.cine. Experimental, Registro, SP. Transborda a saudade.

Transbordam reminiscências de um dia frígido. Vertem saudades. Curvo-me, tortuosas linhas na esperança da cura. Pode a força de suas águas arrancar-me a dor da passagem? Conte-me os segredos para submergir traumas. Feneço em silêncio. No passado fui peixe, no âmago ainda suspiro por brânquias. Meu corpo-ilha deseja mergulhar no flúmen-ventre.
“Nhamdesy”, de @graciguarani. Ensaio, Pernambuco.

Uma celebração à terra fértil e um convite para viver em comunhão com o tempo da natureza.
“Nicinha não vem”, de @instagramdamuriel. Documentário, Rio de Janeiro, RJ.

Acompanhamos a espera da visita de Nicinha enquanto somos levadas à infeliz e precária realidade de um presídio feminino. Baseado no conto “Por que Nicinha não veio?” da escritora Lia Vieira.
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