Hysteria

Parece que graças aos cogumelos nós vamos conseguir chegar ao futuro. Além de possibilitarem, literalmente, que a vida continue existindo, os fungos também são a central de comunicação e interconectividade da floresta, ajudaram 20% dos jovens ingleses a sobreviverem o lockdown – 1 em cada 5 tomaram microdose de cogumelo medicinal durante a quarentena – e, por aqui, também foram testados para melhorar o desempenho profissional. Agora, eles se preparam para uma estreia nas passarelas.

Pioneira do luxo sustentável, a rainha ​​Stella Mccartney apresentou recentemente as primeiras roupas produzidas com Mylo, material de origem vegetal que promete ser uma alternativa ao couro animal e sintético e reduzir o impacto ambiental produzido pela pecuária e também pelos químicos usados em sua transformação para tecido. 

Stella vem trabalhando desde 2016 no desenvolvimento do peso, caimento e textura da matéria-prima para que ela possa ser transformada em roupas e acessórios que a gente deseje e ame usar. As peças ainda não estão à venda, mas são um grande passo para o futuro da moda.

O couro de micélio já está sendo usado em bolsas, sapatos, sofás e também para embalagens de vinho e velas, por exemplo. E a expetativa é ganhar escala. Além da Stella McCartney, a primeira fashion house a usar o material para desenvolver roupas, a gigante do esporte Adidas, Lululemon e Kering estão investindo no novo biomaterial com o objetivo de criar uma cadeia de suprimentos para a alternativa de couro.

A nova matéria-prima é completamente natural e biodegradável, feita do micélio, uma espécie de estrutura vegetativa da raiz do fungo, uma rede subterrânea fundamental para a agricultura regenerativa e a absorção de carbono. Fonte renovável e inesgotável. Se isso não for mágica, não sabemos o que pode ser!