Eu quero sangue: testamos a calcinha-absorvente
Recém-chegada ao Brasil, a Panty é bonita, confortável e ecológica
05.01.2018 | Por: Lia Bock
A primeira vez que ouvi falar de uma calcinha para menstruação (que dispensa o uso de absorvente) achei que era mentira. Na segunda, pensei: como não inventaram isso antes! Corri para o site para garantir a minha. A primeira surpresa: os modelos das Pantys eram fofos. Na minha cabeça elas seriam bem mais sem graça. Comprei uma, já que preço é salgado. A mais em conta sai por R$ 75, mais o frete.
Logo que fiquei menstruada botei a calcinha e saí para passear. A sensação é a de um absorvente extenso, mas hiperfino, fixado na calcinha. O que é ótimo, porque quando a gente faz posturas na ioga ou rola na grama com as crianças, ele continua no mesmo lugar. Amém. No site vi a informação: “O que segura o sangue é um conjunto de fibras naturais superabsorventes.” Me lembrou o bom e velho paninho das avós. Tradição e tecnologia de mãos dadas. Achei chique.
Meu fluxo não é muito forte, então fiquei confortável na mesma calcinha por umas seis horas – ioga, crianças, bicicleta. Tirando um leve aquecimento na bacurinha (menos que modess), foi tudo ok. Mas aí veio a questão: e depois? Tirei a Panty e lavei na mão – não, não foi nojento –, mas para quem tem nojinho, ela vem com um saquinho especial pra colocar na máquina. Botei para secar num lugar arejado, mas sem sol. Na sequência recorri ao coletor menstrual que uso há um ano. E pensei: putz, essas calcinhas fazem mais sentido em dupla ou trio. Ter uma só é como comer meio brigadeiro (ok, numa analogia bem distante). Como tem esse absorvente permanente, a Panty demora um pouco mais para secar. Só voltei a usá-la dois dias depois, já para aquele pinga-pinga final.
Nesse dia veio o namorado. Papo vai papo vem (etc. & tal) e eu lembro que estou com o modess acoplado. Nada sensual, convenhamos. Eu, meu vestidinho sexy e a calcinha linda que…. papa menstruação. Corri para tirar e fiquei sem nada. Não que ela seja feia, ao contrário, é bem melhor que muita calcinha por aí, mas guarda sangue e tem esse absorvente (hiperfino, mas lá) dentro dela. Melhor sem.
Conclusão: a calcinha é ótima. Bonita, ecológica e pode nos livrar de fato daquela quantidade de absorventes (lixo) sem fim. Ela faz uma dupla maravilhosa com o coletor menstrual, que ao meu ver ainda é imbatível no quesito tecnologia a serviço da redução de lixo. Dá para passar o dia inteiro com ele, isso não tem preço. Mas verdade seja dita: às vezes dá uma preguicinha de colocá-lo. Não sei vocês, mas eu sofro um pouco pra que ele se abra lá dentro – entendedoras entenderão. Daí a Panty vem bem a calhar. Casal perfeito.
De qualquer forma, anote: sozinha uma Panty não faz milagre. É preciso um certo investimento (comprar duas ou três) para que você consiga de fato reduzir o uso de absorventes tradicionais – principalmente se não aderiu ou se adaptou ao coletor.
E ah, no dia que tiver um date, o melhor mesmo é aquele absorvente interno que você vai no banheiro, tira na hora H e joga no lixo.
1 Comentários
Uma resposta para “Eu quero sangue: testamos a calcinha-absorvente”
Lia, olha que pra hora do date tem esponjinhass absorventes… Recomendo! Não precisa nem tirar. Procure pelos soft-tampons 😉