Hysteria das Galáxias 2020: uma retrospectiva com links que marcaram o ano que não começou
Alguns temas, links e tendências que estiveram no nosso radar nesses últimos meses para tentar entender o que vivemos como sociedade neste ano. Nos vemos em 2021!
23.12.2020 | Por: Maria Clara Villas
Um ano que começou como outro qualquer (quem lembra quando o Parasita ganhou o Oscar? Ou a febre do reality Casamento às Cegas? Parece outra vida!) e terminou assolado por manchetes prevendo como a pandemia vai transformar para sempre a arte, as cidades, a moda. Será que as máscaras estarão em nossa rotina para sempre? Será que o trabalho remoto virará algo normal? Questões como essa rondam nossa cabeça, que parece não parar de girar depois de um ano tão atípico. E tá tudo bem não estar nada bem. Tudo bem não ter feito nenhuma das suas promessas de janeiro. Tudo bem ainda ter medo de sair de casa. Sobrevivemos ao primeiro ano da pandemia e isso é o suficiente para entender que 2020 já entrou para a História. Agora, resta se apegar à luzinha no fim do túnel ao ver as primeiras pessoas sendo vacinadas pelo mundo e já tentar planejar o look da primeira festa depois que a vacina chegar por aqui (não custa sonhar, né?). Se você ainda aguenta um último fôlego para tentar entender o que vivemos como sociedade em 2020, separamos alguns temas, links e tendências que estiveram no nosso radar nesses últimos meses. Vem, 2021.
MÚSICA
- Um ano difícil para os profissionais da música (Popline), mas com algumas maravilhas para inspirar (NY Times).
- Três discos que marcaram por aqui: Fiona Apple, que teve nota máxima em quase todas as resenhas; Jup do Bairro, que lançou um disco maravilhoso que celebra a diversidade e a arte periférica; e o pranto coletivo da Letrux, que acertou em cheio o mood dos primeiros meses de quarentena.
- Pensa assim: pelo menos em 2020 teve disco novo da Beyoncé. E ele veio com um filme cheio de referências afrofuturisticas (Claudia), movimento que também tem uma super força aqui no Brasil (Buzzfeed).
- Aqui no Brasil, o gênero mais escutado foi a pisadinha. (Yahoo) Este podcast conta um pouco mais sobre as músicas que estouraram nos paredões de som pelo país. (Folha)
- E o Brasil também dominou a audiência das lives: dos dez artistas com maior número de visualizações, oito são brasileiros. (G1)
PODCASTS
- Quem aí também criou amizades imaginárias com os apresentadores de podcast? Com tantos lançamentos, com certeza o formato foi um dos maiores companheiros de isolamento social. A nova tendência agora são as adaptações para séries e filmes. Ansiosas! (Nexo)
- A Rádio Novelo lançou três sensacionais: o Retrato Narrado, um mergulho na vida do Bolsonaro que nos faz entender um pouco como viemos parar aqui; o Vidas Negras, série sobre personalidades negras brasileiras; e Praia dos Ossos, sobre um feminicídio nos anos 70 que é a cara do Brasil de hoje em dia – e já teve os direitos comprados pela Conspiração (o que significa quem vem série ou filme por aí)!
- O Além do Meme revisitou memes famosos no Brasil em um trabalho jornalístico sensível e pontual. (Papel Pop)
- Teve também o Rabbit Hole, que conta como os algoritmos estão moldando as nossas vidas. (NY Times)
- Até Michelle Obama lançou um podcast de entrevistas!
IDEIA
- Nesses meses de isolamento, aprendemos como estar junto mesmo à distância, fizemos pão do zero e até brindamos no Zoom com drinks feitos em casa (Hysteria). Virou rotina reparar nas estantes dos famosos (NY Times) e ouvir das celebridades que estávamos no mesmo barco.
- Os relacionamentos também foram diferentes: como foi o sexo na quarentena, os dates virtuais e até um novo termo para quem terminou o relacionamento pelo Zoom, o zumping. (Hysteria e The Guardian)
- Para quem tem filho, toda a paciência do mundo foi pouca (Hysteria). E ainda mais difícil quando se é mãe solo (Gênero e Número).
- E uma homenagem aos amigos, perto, mesmo longe. Saudades <3 (Elle)
AVISO
- A questão racial também rendeu discussões importantes: não estamos todos no mesmo barco. Foi um ano em que perdemos muitas vidas negras para o racismo estrutural travestido de violência policial. E pior ainda para as mulheres negras. (Hysteria)
- A violência doméstica também foi altíssima, com milhares de mulheres presas em casa com o seu abusador. (TPM)
- O descaso com a nossa floresta causou incêndios na Amazônia e no Pantanal. Quem foram os maiores desmatadores da amazônia? (Intercept)
TECNOLOGIA
- Tiveram algumas discussões importantes sobre tecnologia, do uso excessivo de telas (NY Times) até sobre como os filtros do Instagram estão mudando os padrões de beleza (Elle).
- O Tik Tok esteve no centro das atenções (Ozy) e até ajudou quem estava estudando à distância (YouPix).
- Os algoritmos também foram motivos de alguns trending topics, com debates sobre racismo no design (Design 2020) e o dilema das redes (Elástica).
GIRL POWER
- Com certeza as mulheres sentiram mais que os homens (Hysteria) nessa bagunça toda e estiveram à frente de serviços essenciais (Elástica) e no jornalismo (Marie Claire).
- E tivemos a retratação da Time, que indicou 100 mulheres de todos os anos em que não houve mulheres estampadas na capa da edição especial da revista. (Time)
ASTROLOGIA
- A série Zodíaca ganhou uma versão 2020, com um pouco da quarentena de cada signo. (Hysteria)
PARA ACALMAR
- Se você chegou até aqui, alguns links para fazer pensar sobre o oceano, o espaço ou qualquer coisa que não seja a pandemia. E ficamos com a mensagem de empoderamento e inspiração da musa Pabllo Vittar. Acaba, 2020!
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