Hysteria das Galáxias especial | Marielle Franco

Pensatas, vídeos, indagações e muita indignação nesta edição especial temática da nossa newsletter, com links sobre o assassinato da vereadora carioca

15.03.2018  |  Por: Equipe Hysteria

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Hysteria das Galáxias especial | Marielle Franco

Foto: Zô Guimarães

Façamos das palavras de Elza Soares em seu Instagram as nossas: “Uma das poucas vezes que me falta voz. Chocada. Horrorizada. Toda morte me mata um pouco. Dessa forma me mata mais. Mulher, negra, ativista, defensora dos direitos humanos. Marielle Franco, sua voz ecoará em nós. Gritemos.” Aqui, reunimos alguns textos e vídeos simbólicos e embasados sobre a execução da vereadora Marielle Franco no Rio de Janeiro, na noite de quarta-feira. #MariellePresente

No Geledés, Pâmela Guimarães Silva crava: “Não se engane! O prego que hoje fecha o caixão dos corpos negros recebe uma martelada sua”, para lembrar que Marielle morre como morrem muitos outros negros, há muito tempo.

“Mais um corpo negro tomba diante da violência letal.” A jornalista Maria Carolina Trevisan lembra as denúncias feitas por Marielle Franco sobre a truculência de policiais contra moradores da Favela de Acari. Ela se referia à atuação do 41º BPM (Irajá), o batalhão que mais mata no Rio.

A imprensa internacional está de olho e repercutiu o assunto. O The Guardian lembra que Marielle era a voz dos mais fracos e de quem mora nas favelas. O New York Times frisa que a última publicação da vereadora no Twitter foi sobre violência policial.

A filósofa Márcia Tiburi escreveu em seu Facebook: “O Rio de Janeiro tem sido usado para “dar exemplo” por todos aqueles que se colocaram como donos do Brasil e da cidade do Rio de Janeiro. O assassinato de Marielle Franco significa matar muita, mas muita coisa em nós.”

“Amigos, protejam-se. É triste assistir ao nosso silenciamento. Mas é menos pior que assistir ao nosso genocídio”, escreve o publicitário e youtuber Spartakus Santiago em seu Facebook para compartilhar um vídeo que ajuda negros e negras a se defenderem neste momento no Rio de Janeiro.

O advogado Lucas Sada, que defende Rafael Braga, lembra em seu seu post no Facebook que a execução de Marielle engorda mais uma triste estatística: a de defensores e defensoras de direitos humanos assassinados no Brasil – mais um lamentável ranking que lideramos.

A arquiteta e ativista feminista Stephanie Ribeiro foi curta e direta em seu Facebook: “Mas pq vocês estão falando de raça? Por que homem branco é ameaçado, mulher preta é executada.”

E Marielle inspirava muito. MC Carol postou no Instagram a sua indignação e lembrou o papel importante que ela teve em sua luta diária contra o racismo e o machismo.

“Quanto tempo vai demorar para surgir outra Marielle?”, pergunta a jornalista Patricia Zaidan:  “Mulher na política incomoda ainda mais do que em casa, no trabalho, na reunião de condomínio… Principalmente quando é uma mulher que presta contas dos seus atos em um mandato transparente, como o de Marielle.”

O BuzzFeed postou que, poucas horas antes de ser assassinada, a vereadora Marielle Franco, do PSOL do Rio, falou ontem sobre sua trajetória e disse que “a gente não pode achar que eu estarei ali [na Câmara] por dez anos”.

 

2 Comentários

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2 respostas para “Hysteria das Galáxias especial | Marielle Franco”

  1. Carina Santos disse:

    Ola. Boa Noite. Belo texto, mas as palavras da Elza Soares em seu instagram, incluiam a identidade social lésbica da Marielle. Não vejo porque não reproduzir na integra e de maneira como foi dito. Marielle combatia a chamada invisibilidade lésbica. Um grande perda, pq a luta ainda é muito grande. Com isso, peço a edição do texto. São esses ”detalhes” q constroem na sociedade a dinamica de invisibilidade dando margem a reprodução da ideia de que ser lésbica é negativo.

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