‘Sou forte’, ‘sou competente’, ‘eu me amo’: testamos a hipnoterapia
Como é o tratamento virtual que conduz a um relaxamento físico e mental para receber comandos que consigam acessar as nossas camadas mais profundas
11.08.2020 | Por: Equipe Hysteria
Como uma boa psiconauta, vivo buscando terapias e métodos capazes de modular a mente de novos jeitos, romper padrões e crenças limitantes mais infundidas nesse miolo do crânio.
Quarentena a postos, pesquisas sobre o assunto e algoritmos trabalhando para surgir um anúncio de um cara que acompanho e sempre tive curiosidade de testar o trabalho. Como as consultas presencias são financeiramente inacessíveis pra mim, resolvi experimentar o trabalho virtual alojado numa plataforma que pode ser acessada a qualquer momento, durante um ano. A recomendação é fazer uma vez ao dia um dos cinco capítulos, e repetir tudo por três vezes, ou seja, 15 dias na lida do autoconhecimento. Eles sugerem esse “intensivão” de duas semanas, mas o conteúdo pode ser acessado a qualquer momento, durante um ano, porque pode ser que ao longo deste ano eu sinta necessidade de repetir o tratamento, e durante este ano tem suporte online para tirar qualquer dúvida, com o bônus de ter por um mês acesso ao WhatsApp do hipnoterapeuta, para esclarecer dúvidas numa linha mais direta.
Os dados que li são: a nossa consciência ocupa 5% do cérebro, 95% é o nosso subconsciente que comanda muito a nossa vida, nossas decisões e escolhas. nossas experiências de vida, positivas e negativas, ficam ali guardadas e acabamos agindo por elas, inconscientemente.
Ambiente preparado, luz baixa, incensos acesos, fone de ouvido, aperto o play no computador, porque as notificações do celular podem atrapalhar, e fecho os olhos. Não precisa fazer nada além de seguir os comandos da terapia, apenas estar num lugar com privacidade. O resto é você e sua mente.
Um bem-estar mais profundo que o skincare da autoestima
O hipnoterapeuta, num material gravado, me conduz para um relaxamento físico e mental para ficar mais aberta a receber certos comandos que consigam acessar as camadas mais profundas. Os comandos parecem bobos e preciso repetir frases bregas, tipo “sou forte”, “sou competente”, “eu me amo” – mas no fundo, no fundo, elas têm efeitos muito positivos, mal não iriam fazer.
Eu achei que tivesse coisas do tipo imitar galinha, comer cebola achando que era maçã, quem sabe andar a esmo pela casa morrendo de medo de que o comando de voltar pra realidade num estalar de dedos não fosse acontecer. Isso, por enquanto, ficou só no palco do programa do Gugu. A pegada aqui é outra e com um propósito mais bem delineado para outras áreas da vida. Não consigo pensar de pronto se tenho pavor de alguma coisa, tipo uma aracnofobia, onde a hipnose pintada na TV me faria segurar uma caranguejeira na mão.
Neste treinamento, os temas principais abordados são relacionamento com os pais, amor-próprio, prosperidade e medo do futuro. Quem é que não tem alguma coisa travada num desses tópicos? Tudo por meio de relaxamentos e repetições de quase mantras que vão me levar a um bem-estar mais profundo que o skincare da autoestima.
Encerrei meu primeiro ciclo, e sendo essa uma nova crença dentro de mim ou não, acontece que depois da hipnoterapia parei de procrastinar, fiquei muito mais produtiva, voltei pra ioga, estou me alimentando melhor, dormindo melhor. Juro! No meio de uma pandemia, pra um método remoto, parece que estou indo bem.
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