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A boiada passou – e agora?

22.03.2021  |  Por: Cris Bartis Juliana Wallauer

A boiada passou – e agora? A boiada passou – e agora?

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Mamilos, um dos podcasts mais amados do Brasil, está entre nós! Trending topics, polêmicas e assuntos-tabus são o território em que Cris Bartis e Juliana Wallauer recebem convidados semanalmente para um debate saudável e sem frescura.

No ano passado, com a saída de Sérgio Moro do governo Bolsonaro, a Justiça determinou a divulgação de um vídeo de uma reunião ministerial no Palácio do Planalto em 22 de abril de 2020. A divulgação foi uma resposta às acusações do ex-ministro de que o presidente tentava interferir na autonomia da Polícia Federal. Mas, no epicentro de uma pandemia que estava só começando, o povo descobriu um pouco mais sobre a estratégia de seus ministros para o período. Ricardo Salles, do Meio Ambiente, por exemplo, disse que o foco do debate público na pandemia era uma oportunidade para o governo “passar a boiada”, o que significava a aprovação de medidas de simplificação de leis ambientais, cortes na fiscalização e até no combate ao desmatamento. Eleito com um discurso pró-mercado, Bolsonaro insiste que o ambientalismo e o cuidado com nossas matas e florestas são uma pedra no sapato do produtor rural. Um ano depois, a boiada não passou com tanta desatenção como Ricardo Salles queria. Desde o início da gestão Bolsonaro, foram assinados 57 atos legislativos que enfraqueceram as regulamentações ambientais. Quase metade deles foi assinada durante os primeiros sete meses da pandemia. Além de discussões com grandes influenciadores do debate ecológico, Bolsonaro já comprou briga com o presidente da França, Emmanuel Macron, e a preservação da Amazônia virou promessa de campanha de Joe Biden, nos Estados Unidos. Enquanto isso, o desmatamento da floresta dispara, o garimpo ilegal ataca com força em áreas de preservação ambiental e povos das matas florestas se sentem cada vez mais acuados. De passe para um lugar à mesa, a Amazônia se tornou uma dor de cabeça para a diplomacia brasileira. Até o acordo comercial da União Europeia com o Mercosul parece estar ameaçado. Na prática, o que isso tudo significa para nós e nosso futuro? Conversamos com quem une as duas pontas dessa discussão: a pesquisa ambiental, com a professora de Economia e Relações Internacionais da Faap, Josilene Ferrer, e o professor de Relações Internacionais da FGV, Oliver Stuenkel. Contamos também com a participação de Rosiene Santos, turismóloga e quilombola kalunga.

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